sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Filosofia ; O Verdadeiro, O bom e o belo (Sobre a Comunidade )

Filosofia o bom o verdadeiro e o belo, surgiu com o intuito de passar a filosofia de vida de uma maneira simples e fácil sobre o entendimento humano , a filosofia é a verdadeira arte do questionamento: porque as coisas são como são? Por que o mundo é tal como conhecemos?  Por que a religião existe?  Por que o nosso nome,a roupa que usamos, as músicas que escutamos,as crenças que seguimos, os nossos filmes e séries favoritas e a língua que falamos definem o nosso EU?

Por que o nome Filosofia: "O verdadeiro o bom e o belo "? Em primeiro lugar a filosofia em si "Não há respostas ideais ou absolutos  e sim conflitos de interpretações ", frase essa celebrada pelo filósofo Alemão Nietzsche,  e por conta disso o nome: Filosofia: O verdadeiro o bom e o belo ". As palavras são a junção perfeita para compormos mais que uma análise intelectual aguçada, ela também pode expressar em poucas palavras a que se deve o seu nome que alguns seguidores da comunidade estão martelando na cabeça ;a idéia inicial da comunidade é mostrar porque as coisas são como são : e o irônico, não há respostas exatas para todos os questionamentos humanos ao passo que com o caminhar da História surgem novas descobertas e as coisas não são aquilo como imaginávamos que seriam a grande vantagem da filosofia é que a filosofia não serve para nos dar respostas plausíveis para simples perguntas como por exemplo eu farei a seguinte pergunta :

 O que é a vida?

 Muitos já moldaram a resposta em seu intelecto mas isso não irá dizer que a resposta será exata e plausível, ou que ela seja certeira , ao racional ele dirá que a vida é guiada através de instintos , ao religioso que Deus o todo poderoso tem um plano em nossas vidas, ao Romântico viver é amar intensamente como não se houvesse o amanhã como diz a música país e filhos composta pela célebre banda de rock nacional Legião Urbana,  ou pensarmos que a vida como existencialismo Sartriano que viver é ser condenado a liberdade,  ou melancólico , triste, cruel, e sem sentido de Edgar Alan Poe;  se todos tem sua concepção do que é a vida isso quer dizer que a filosofia nos fizera uma pergunta muito simples, mas sem respostas exatas sobre o que é realmente a vida...Filosofia o verdadeiro o bom e o belo são o que compõe a vida humana em sua extensão e compreensão das coisas por que são como são o verdadeiro o bom e o belo estão sempre presente em nosso cotidiano:
 O que é verdadeiro ou falso?
 O que é bom e mau?
 O que é belo ou feio?
 O verdadeiro vem da nossa indagação pela busca da verdade , e porque aquilo é verdade,  em vista que estamos acostumados a considerar outras raízes de pensamento absurdas ou falsas.

O bom é nosso hábito de definir o que é bom mas nem sempre o que é bom,útil e agradável a você será bom aos seus semelhantes desde a comida como por exemplo gostar de chocolate, sempre haverá uma terceira pessoa que não goste de comer chocolate,  um ritmo musical você gosta de rock e sempre haverá alguém que se opõa contra esse ritmo musical falando que é ruim ou não presta.
Belo e Feio : isso está incluso na estética e o espanto , podemos por exemplo achar estranho que na Índia dois homens andam de mãos dadas em sinal de amizade, e que é comum na Europa em comícios, reuniões e jantares dois homens beijarem no rosto do outro em sinal de comprimento cordial, isso para nós brasileiros é ser Feio e profano a masculinidade para eles é Belo a demonstração de respeito;  para os indonésios é muito comum os vivos , limparem, e maquiar seus parentes mortos e perfuma-los, devido a uma ceita religiosa, em algumas visões aquilo é macabro ou uma loucura, para eles aquilo é belo para alguns de nós é feio.

Chegamos a conclusão que a filosofia não foi feita para entendimento de nada e para nada serve a filosofia,  a filosofia é nada mais que uma arte do questionamento fazemos perguntas simples mas nem sempre obtemos resposta exatas e plausível as coisas, opiniões e até a maneira de se vestir muda conforme a história caminha,  não nos vestimos ,como se vestiam as pessoas do século passado,  não pensamos como as pessoas do passado pensavam e as coisas não são como foram no passado a sociedade foi moldada conforme as tecnologias evoluíram e os comportamentos e costumes mudaram de sociedades para sociedades.

Mas nunca tivemos a resposta plausível do porque as coisas são como são e por qual razão, motivo ou circunstâncias elas tendem a mudar , o foco da filosofia é estudar o entendimento humano, mas sem o intuito de desvenda-lo como faz a psicologia moderna. O foco da filosofia não é saber se o universo é finito ou infinito se o tempo é curto ou longo vista que temos a física quântica moderna para buscar as respostas a filosofia só questiona ,mas a física tem seu papel de desvendar.  O intuito da filosofia não tem como foco saber se a evolução existiu ou deixou de existir cabe a filosofia questionar o porque a evolução é tal como é, cabe a história e a arqueologia desvendar. O foco da filosofia não é saber como surgiram e porque existe linguagem, religião e política a filologia e a Sociologia tem seu papel de desvendar o por que?, 
 A filosofia nada mais é do que o questionamento para que a ciência faça seu papel de desvendar Imaginemos a filosofia como uma cliente e a ciência uma espiã contratada pela filosofia para desvendar o paradeiro da vida humana, da Natureza, do Verdadeiro e Mentiroso;  do Bom ou Mau; Do Belo e do Feio , mas não irá obter respostas exatas e plausiveis visto que a filosofia deu um longo trabalho de questionar a espiã ciência de desvendar os mistérios do homem, das coisas e do mundo em que vivemos.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

O que é Adultério? qual a sua história? quais as suas causas?

União carnal entre homem e uma mulher, quando qualquer um dos dois é casado com uma terceiro pessoa. Implica,pois, numa violação de fidelidade conjugal.

   CONTEXTO HISTÓRICO DO ADULTÉRIO O Adultério vem sendo cometido desde os tempos mais remotos. Em todas as civilizações encontramos,seus vestígios, houvesse ou não, nas mesmas, poligamia ou poliandria. O Adultério tem sido considerado um crime e, como tal, punido. Jamais,porém, se castigou de igual forma o Adultério da mulher e o do homem, variando o rigor da pena de acordo com o grau de importância que tinha uma mulher na sociedade. Assim Plutarco nos conta que, Esparta, o legislador Licurgo não condenava o Adultério da mulher, alegando que, se esta abandonava o lar em busca de felicidade, teria seus motivos.  Assim sendo, tal problema dizia a respeito não ao legislador e sim ao marido. Ao contrário, em Atenas, a mulher adúltera dar, tal como seu cúmplice, a morte. Em Roma manteve-se nas épocas de decadência, o delito de adulterio não fosse severamente castigado. Contudo, Constantino voltou a puni-lo com todo rigor, como nos tempos primitivos. Na Idade Média, a figura jurídica do Adultério sofreu uma curiosa ampliação: era comparado ao casamento de um judeu, sujeitando os culpados a idênticas consequências.

 Quanto à Espanha,distinguem-se duas épocas: a visigoda e início da Idade Média, e a Idade Média propriamente dita.  Entre os visigodos, a mulher desempenhava o papel superior ao que ocupava na sociedade romana.  Daí o terem sido castigado esses tipos de delitos com certa compreensão.  O mesmo aconteceu no início da Idade Média, onde era grande a influência do anterior direito visigodo. Assim na Espanha,  o "Fuergo Juzgo " condenava a adúltera a apenas perder os filhos,  e o "Fuergo Real " determinava que os bens da mulher passassem aos filhos.  Esse conceito  nada cruel das relações sexuais muda com aparecimento de "Las Partidas" ,código profundamente marcado pelo direito romano e pelo cristianismo.  A pena normal para a mulher adúltera eram além dos açoites a reclusão perpétua num covento. Foi justamente esse caráter infamante do adulterio o que substituiu na legislação espanhola , variando os castigos ,apenas, segundo na época.

      CAUSAS DO ADULTÉRIO
As possíveis causas do Adultério são numerosas e de diversas origens. Vamos enumerar as que consideramos como principais e que atuam, hoje ,em nossos lares como forças centrífugas dos mesmos.

Uma das mais importantes se baseia na constituição do lar. O casamento é um conjunto de exigências que se sublima a realização do "nós".
 Isso pressupõe maturidade sexual,amor ,entrega e falta de egoísmo e egotismo. A inexistência de algumas dessas importantes condições pode ser a causa de adulterio ,tanto por parte do homem quanto da parte da mulher.
    Diz Søren Kierkegaard, a propósito da maturidade,que o "Amor tem muitos mistérios e que a primeira paixão é um deles". Talvez seja a maior,porém a menos duradoura. Na juventude, a ama-se mais às mulheres do que a mulher. Isso concorda plenamente com o que afirma Marañon em seu estudo sobre Don Juan,  quando diz que tanto o homem quanto a mulher sofrem por um processo de seleção, até que chegam a preferir só um tipo de homem ou mulher.  A poligamia é instintiva se vai convertendo em monogamia. Devemos,porém lembrar-nos que este processo de seleção não opera apenas na mente ,mas também na prática,  e que só por meio dos anos e do mais profundo conhecimento das pessoas do sexo oposto se atinge tal meta.


A confusão entre amor e paixão pode ser também, em grande parte,uma das causas do Adultério. Pois se o casamento não é antietico do amor, é da paixão.  O homem em geral, quer mais do que ama a mulher. O amor exige um cuidado constante contra a rotina. Goethe diz que "O quarto em comum dos esposos é o assassinato do amor" . Outros autores opinam contrariamente, porém não deixa de ser um fator de rotina. É preciso manter esse "cuidado constante",esse interesse pela vida e pelos problemas do outro ser, o respeito unido a cordialidade mais íntima.  Não nos esqueçamos de que a amizade amorosa encontra mútua relação sexual e extra-sexual possibilidades infinitas. Essa solução, naturalmente,  apresenta muito mais dificuldades nos meios proletários nos burgueses, já que o operário, meio de evitar desgastes suplementares. Por tudo isso devemos concluir que tomarmos o caminho do casamento como válvula de escape dos simples desejos instintivos, é mais fácil chegar ao fracasso.

Acredita George Hirtk que 90 por cento dos casais "ilegais " que se realizam em nossa sociedade ocidental baseia-se no interesse. É lógico, pois, pensar que serão inúmeros cônjuges desse tipo de casamento que,uma vez alcançado a forma egoísta, não vejam inconveniente em se chegar ao adulterio.  É grande o número de mulheres que considerava  a vida irremediavelmente frustrada, fora do contrato manitrimonial. Por isso,passada uma certa idade essas mulheres "buscarão " um homem para se casar. Se assim procedem,fazem-no condicionadas à concepção com que a própria sociedade encara o problema,pela segurança econômica que o casamento pode proporcionar a mulher ,na maioria das vezes,dela necessitada. Não esqueçamos de que o dinheiro, que em toda a História tem representado um papel preponderante, continua aumentando sua importância nas sociedades atuais. Tal fenômeno só poderia ser atenuado,talvez, com a independência econômica da mulher e sua entrada definitiva no mundo dos negócios e não apenas em lugares subalternos. Outras causas de adulterio são a personalidade biológica dos cônjuges e a convivência social. Assim na opinião de Caprio, a mulher infiel habitual costuma a ser psicopata indiferentes a qualquer consideração moral,ou uma mulher submetida a pressão de um conflito profundo,consequência talvez da incapacidade sexual do marido,impotente ou sexualmente viciado,ou dos maltratos infligidos por certos neuróticos.  Tanto quanto as neuroses, o alcoolismo desempenha também um papel importante. Outra causa muito freqüentemente da infidelidade conjugal é a excessiva "absorção " do marido pelos negócios na vida moderna.  O ativismo da mulher impele-a a despertar no homem o desejo de possuí-la.  Impossibilitada de cumprir seus designos biológicos, procura a melhor maneira de atrair o homem, e assim satisfazer parcialmente seus instintos . Tudo isso se exprime pelo coquetismos constantes e pelos flerte se que podem ser início de um Adultério posterior. O coquetismo é ,muitas vezes, indícios de frustração sexual,que serve para convencer a pessoa de que ainda é capaz de interessar por outras do sexo oposto.


O Amor segundo os Pensadores.

O Amor segundo Platão 
 Para esse filósofo grego,amar é o desejo de se unir ao belo no sentido em que Ortega específica, isso é, de perfeição. Para os gregos, beleza e perfeição eram conceitos semelhantes, o que é demonstrado por suas esculturas na extrema prorpocionalidade que tem todas as partes do corpo humano. Por isso ,a definição de Platão sobre o amor não é tão ingênua como pode parecer a primeira vista. A idéia fundamental reside em que existe um desejo de se unir a todo o ser que pareça dotado de alguma perfeição, seja ou não real ,isto é,  marcadamente subjetivista e em consequência independente da realidade que o rodeia.
  Se o ser ama a perfeição, amará a alma, a qual ,por sua vez ,fará com que se desencadeia todo processo erótico, ao mesmo tempo no sentido espiritual e físico. Apenas iniciado esse processo, o amante sente a necessidade de dissolver sua individualidade na do outro ser vice-versa , absorver na sua a do ser amado. Quando este amor é compreendido e apreendido ,culmina com o nascimento de um filho,que simboliza união e é fruto da perfeição do ser.



O amor segundo Stendhal 
Esse moralista francês compara a mulher com um ramo jogado nas Minas de Salzburgo , que no dia seguinte aparece transfigurado, pois se cobriu de cristais irizados que tornam cativante. Seguindo esse paralelismo, diz o autor que a mulher amada, se vão acrescentando surpeposições imaginárias que, acumulando-se sobre a imagem nua, a vão enrriquecendo a suma perfeição.  Embora esse conceito pareça semelhante ao de Platão, pois em ambos está radicada a perfeição, o de Stendhal é muito mais materialista, pois circunscreve ao corpo da mulher, o que torna mais fácil a si.

Para Stendhal o corpo de uma mulher nua é que desperta o desejo e o amor de um homem.

O amor segundo Ortega Y Gasset 
Sob o termo amor se implicam numerosas diferenças e possibilidades: amor filial, amor a arte ,amor a uma mulher. ...Não obstante, há numa nota comum em cada um desses diversos particularismos, apoiada na atividade sentimental que a figura em todos eles e é dirigida para um objeto, que pode ser qualquer pessoa ou coisa. Ortega diferencia ,e com razão, amor e desejo.Diz que quando se tem sede,deseja-se um copo de água, porém que não se oama. Nascerão desejos de amor,porém o amor em si não é desejar. De forma que,entre eles,existe uma diferença de "momento" 



"José Ortega Y Gasset 1883-1955 filósofo e jornalista espanhol."(Foto)


O amor segundo Hesnard 
Esse autor tenta, como muitos outros esclarecer
a problemática do amor psíquico ou platônico. Neste último conforme vimos o amor espiritual se transformava em física.

Hesnard,presidente da sociedade francesa de 
Psicanálise,  afirma que,no macho,os desejos físicos são no princípio auto-eroticos posteriormente, vão se exteriorizando em sua finalidade,para terminarem se afirmando com evidência do mesmo modo que os processos da vida orgânica. Pelo contrário, os desejos de ordem psíquica são muito mais oscilantes e variáveis em suas manifestações,  e frequentemente passam inadvertidos. Segundo esse autor, tais desejos psíquicos são mais precoces, e se antecipam, ainda que de forma dissimulada,aos físicos. Em seguida, com o progressivo desenvolvimento do homem,terminam fundindo-se para construir a sexualidade definitiva.


Uma consequência prática que se deduz dessa argumentação é a razão do diferente comportamento sexual do homem e da mulher. Nesta o desejo psíquico é muito mais retardado,precisamente por estar mais desenvolvido corporal, do que a puberdade. Posteriormente,porém, o homem não só alcança como quase sempre a ultrapassa.


"Ângelo Lois Marie Hesnard 1886-1969 Médico ,e Psicanalista francês ,nessa foto, Hesnard exibe seu uniforme de soldado durante sua participação da primeira guerra mundial "


O amor segundo Marañon 
O ilustre humanista espanhol parte do fato de que 
a criança, em sua infância, não faz distinção entre os dois sexos. Só mediante uma evolução gradual vão se separando homen e mulher ,fato que costuma ocorrer na puberdade.  Em seguida, para obter o ser amado, o homem tem igualmente de atravessar todo um processo de amadurecimento, até preferir um determinado tipo de mulheres, o que costuma ocorrer quando ele alcança a idade de 23 a 25 anos. Finalmente, nesta determinada classe de mulheres, deverá encontrar o que satisfaça seus apetites sexuais e morais. Segundo sua tese ,essa mulher será o tipo parecido à sua mãe, de modo que seria a idealização desta.


Sobre o sexuais modo de homens e mulheres, Marañon diz que "provavelmente a notória desproporção entre o sexualismo do homem e o da mulher, que faz com que esta seja normal e tão espontaneamente moderada no amor, coincide com o fato de que a fêmea humana costuma dispor de menor poder de imaginação que o macho. A natureza, assim o quis ,com acerto e previsão, pois caso contrário,  e se a mulher dispusesse de tanta fantasia quanto o homem, o mundo teria sido submergido pela lubricidade.



"Gregório Marañon y Posadillo 1887-1960 ,médico 

endocrinologista e Filósofo humanista"

Amor Livre 
Expressão imprópria pela qual designam as relações sexuais afetivas ou sexuais, livres de laços e regras civis ou religiosas.

Na realidade, nunca existiu nem jamais existirá um amor completamente livre,nem jamais existirá um amor completamente livre, nem do ponto de vista pessoal nem social. O amor permanecerá sempre submetido a certas exigências biológicas e psicológicas que definem e limitam as possíveis experiências do indivíduo que, como criatura pertence ao mundo onde se desenvolve,não pode jamais abstrair-se de forma absoluta das condições sociais objetivas em que encerra sua existência.

O amor livre corresponde,pois a um conceito limite que jamais teve uma realidade histórica, porém que toma como um ideal com o objetivo de tornar menos rígidas as fronteiras de qualquer espécie e para que não tente fazer das relações sexuais e afetivas um círculo fechado.


"Obra do Pintor Titto de Vênus sendo seduzida por cupido."


Sigmund Freud e o amor homossexual.
Afinal, como brilhantemente apontou Freud, se vamos nos indagar sobre as causas da homossexualidade, é igualmente pertinente nos indagarmos sobre quais são as causas da heterossexualidade, já que "[...] o interesse sexual exclusivo do homem pela mulher é também um problema que exige esclarecimento, e não uma evidencia indiscutível que se possa atribuir a uma atração de base química".

Singmund Freud nunca considerou o homossexualismo como doença,mas como uma espécie de amor a uma pessoa de mesmo sexo por opção de escolha.

Tais essas escolhas que satisfaça as fantasias sexuais e suprima as necessidades do homem. 




"Singmund Freud 1856-1939 psicanalista e neurologista austríaco ".

sábado, 12 de agosto de 2017

Somos donos de algo que acaba?

 "Você é dono de si mesmo, e o que te faz pensar isto ?"

  Reflita sobre essas questões:
 Por que enterramos os nossos mortos?
 Por que crema-los? 
 Por que os seres vivos pensam em morte?
 Por que os mortos são exumados? 

 Se você vai morrer qual o sentido de você se achar dono de si mesmo?  Um dia você deixará de existir, se a vida é algo passageiro por que somos donos de algo que vai passar?

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

O apetite sexual psicanálise de Hesnard.

Na psicanálise moderna , nenhum autor foi tão longe nas teorias em relação a sexualidade humana Angelo Louis Marie Hesnard (Pontivy  1886 –Rochefort 1969 ), foi um psicanalista psiquiatra  francês que abordou um tema que foi um insulto a comunidade européia no século XX,  que considerava obscenos a incitação ao falar abertamente sobre sexo, para Hesnard vivemos com fome incontrolável e inconsciente pelo desejo sexual.

O apetite sexual é uma sensação que pode ser considerada anterior à libido, ou seja, não traz em si a satisfação do ato sexual, mas que em geral acaba nele. Muitos autores estabelecem um paralelo entre o instinto e de nutrição sexual ,distinguindo por outro lado, o apetite da fome sexual. Entre outros autores,  Hesnard fez a seguinte classificação: 

1-necessidade sexual: indica a existência de um impulso elementar para os atos sexuais, que em geral, porém,  permanece inconsciente, inibida,por uma repulsão consciente deslocada para outros objetos afetivos como a masturbação.

2-fome sexual-  ou expressão mais ou menos consciente dirigida vagamente para um objeto generalizado. Quando assume a forma de impulsão constitui o apetite genital nos casos normais de função erótica, ainda permanecendo, todavia, sujeito a uma série de condições psicológicas,mesmo que o objeto amoroso não figure em sua consciência.

3- Desejo erótico- é uma manifestação do apetite sexual, ligado à necessidade de posse objeto, que dá impulsão localiza numa pessoa determinada, normalmente de sexo contrário, efetuada pela união por instinto genésico.  O casamento é a situação ideal desse desejo que emparelha a aptidão psíquica, social e afetiva com a escolha sentimental do cônjuge.  Antes de consumar-se o fato erótico, existem certas condições prévias, que atuam a maneira de preparativos.  Assim são a "resistência coquete" que algumas mulheres costumam a opor à sua posse, ou seu nudismo velado por roupas transparentes, ou seus movimentos compassados, ou a "maneira de se despir " cheia de pudor infantil na presença do marido.

4- Apetite sexual- manifestação da fome sexual,que ocorre normalmente de modo inconsciente nos indivíduos, ainda que a "fome" não tenha significado consciente.  Pelo contrário, em certos impotentes existe um "apetite cerebral " que conduz a um estado fictício de fome, para o qual não têm sequer o poder da ereção.  É também conhecido o caso de indivíduos, com desenvolvimento orgânico normal,com apetite e ereções corretas ,não poderem satisfazer o seu desejo, por falta de orgasmo.

 Dedicatória aos moralistas:
" Comer alguém para alguns é algo vulgar, na psicanálise é normal sexo também é alimento".

Uma breve história da Prostituta

A mulher ofertas aos seus encantos ao gozo alheio entre ela e a prostituta certas diferenças que a mulher culta e de maneiras elegantes, que não se presta ao comércio público com o seu corpo.

Na Grécia eram designadas com o nome de "hétera " ou "hetaria "  e entre as numerosas referências da literatura, em especial da Ática, do século V antes de nossa era, figura uma de Demóstenes que aconcelha: " É necessário três classes de mulheres : as 'héteras' para deleite da alma, as 'palaques' para o gozo dos sentidos, e as 'matronas' para perpetuar nossa estirpe e administrar nossa casa" . Contudo em Atenas como em Corinto e em Cós, se aplicava as cortesãs a mesma taxa que ao vinho, às bebidas, a cevada, e às vendas de toda espécie, pelo que essa classificação não deixa de ser um puro artifício idealista.  Em Roma , à medida que o Império "envelhecia" ,a prostituição deixou de ter um caráter sagrado,passando a ser vulgar ,e a condição de "meretrix" ,aplica às cortesãs,  pouco diferia da de "lupae" própria das prostitutas. Por outro lado era muito difícil distinguir uma prostituta de uma mulher honesta . O Kama Sutra de Vatsyayana descreve as cortesãs da Índia como mulheres que cumprem uma função religiosa e social . Neste livro, ensina-se às cortesãs os meios que devem empregar para atraírem os homens desejados. Também se explica como se deve ganhar dinheiro, quais os sinais de fadiga de um amante, a maneira de abortar e a que direitos têm opção.  Também distingue várias classes de cortesãs : as alcoviteiras, as criadas,as pervertidas, as bailarinas , as obscenas, as presunçosas,  e as cortesãs de classe inferior. 

A melhor imagem da cortesã ou "hétera " grega nos é dada pela gueixa japonesa.  Nas casas de chá, acompanhadas pelo som do 'shamissem ' recitam suaves poemas de caráter elegante e delicado.  Toda a sua educação, que costuma a começar na infância, está orientada no sentido de agradar aos outros ,sendo seu aprendizado longo e difícil.  São ensinadas a cantar e a dançar, a comportar-se nas cerimônias e em especial na do chá,  a fazer flores, a andar , a vestir-se etc. . Sobre elas tem autoridade o comprador que as adquiriu e que se encarregou de sua educação, verdadeiro explorador dessas mulheres,  que as prepararam pra casarem, têm que um homem estar disposto a pagar pelo seu resgate.

As civilizações cristãs têm sido mais rigorosas para com as cortesãs, apesar do exemplo de Jesus perdoado a Maria Madalena.  Teodora, cortesã cipriota, que se casou com o imperador Justiciano em Bizâncio, perseguiu implacavelmente suas companheiras ; e na Idade Média era frequentemente ordenada a expulsão ou execução como castigo por aplacar as irás celestes, fomes e outras calamidades. Em Roma, e na época de Paulo IV ,os jovens nobres ainda se acreditavam no meio de queimar as casas dessas mulheres que eles frequentavam. Em alguns lugares não tinham o direito de se casarem ,e eram isoladas em guetos. Em Toulouse, eram proibidas de transpor as portas de um convento. Em Beaucaire, numa festa que celebrava anualmente,  eram postasse a correr no hipódromo, até caírem exaustas e sem alento até a morte. Em Mântua, eram obrigadas a comprar todos os objetos que tocavam por deixarem impuros e leprosos a pena de não comprar o objeto do qual ela tocou era a prisão seguida de tortura e morte.

As 13.000 cortesãs, que acompanharam os cruzados em sua volta, modificaram essa situação, e as autoridades eclesiásticas tentaram regularizar o fenômeno.  Permitiu-se assim que se estabelecessem próximos das igrejas e que assistissem às missas , e cerimônias religiosas. Os superiores e abadessas dos conventos fundaram as "casas de Madalena " para pecadoras arrependidas, como a que ainda existe em Sainte Baume,  na Provença.  Do mesmo modo,  Frederico III lhes concedeu licenças comerciais para vender vinhos ,explorar casas de banho etc.

Durante o Renascimento, especialmente na Itália, as cortesãs alcançaram uma brilhante categoria social ,e houve cortesãs escritoras. Ermanossa de Corinto é autora de um tratado que ensina as práticas para proporcionar amor psíquico.  Tulli d'Aragona escreve Dell' Infinità d' Amore. Verônica Franco ,amiga de Henrique IV, e de Domencio Vaniero,  compunha poemas. Margarita Emilliani, Cornelia Griffo, e Branca Saratton constituem outros tantos escritos na literatura.

Em fins do século XIX,  Schopenhauer ainda quis demonstrar até que ponto a dama ocidental tem na prostituta um contraponto necessário. Porém a Revolução Francesa marca o fim de sua influência social e política. 

Revendo todas as evidências sobre Madalena, por que a Igreja quis fazer dela uma prostituta e extrema pecadora aos olhos dos fiéis? Segundo os estudiosos, isso aconteceu porque a Igreja queria utilizar as poucas e confusas “sugestões” (interpretando da forma dela) da Bíblia sobre Maria Madalena para manter as mulheres fora do clero.

Os evangelhos que continham mais escrituras sagradas sobre ela foram considerados “apócrifos”, ou seja, eles não estavam de acordo com os cânones do cristianismo nascente. Era mais conveniente para a Igreja excluí-los.

Os evangelhos, conforme conhecemos hoje, não foram estabelecidos como cânone até o quarto século, numa época em que a Igreja mais definitivamente queria deixar claro que os seus escalões superiores seriam formados apenas por homens.



Arbitrário essencial

Nada no genótipo humano pode ser especificamente marcado para que alguém jogue basquete, fale inglês, componha músicas,tenha casos extraconjugais ou se torne médico ou psicológico. Todas essas formas de expressão são produtos da invenção cultural humana, desenvolvidas milhares de anos depois que o genoma humano foi estabelecido pelas pressões de sobrevivência dos tempos.  Mesmo assim, quando o ser humano passa a possuir nome,raça, identidade nacional, família e mesmo a capacidade de reagir a um chamado, muita coisa fica assentada e deixar de ser acidente ou escolha arbitrária.  Na verdade ,o self e muito da personalidade de uma pessoa parecem_e em sentido psicológico realmente são _essenciais.

No sentido biológico e depois em sentido psicológico, grande parte do que começa como arbitrário torna-se essencial.  Na reprodução humana, existem bilhões de combinações possíveis entre determinados espermatozóides e determinados óvulos quando se trata de parceiros sexuais, e claro que outros bilhões de possibilidades, somente algumas concepções ocorrem. Mas, quando a concepção ocorre_devemos dizer que de maneira arbitrária ou casual, dado o enorme número de possibilidades nulas_,o genótipo daquele indivíduo se estabelece em sua essência .

Coisas arbitrárias continuam a acontecer também depois do nascimento.  Um nome é escolhido _talvez de um livro de nomes com milhares de nomes. Por inspeção, é atribuído um gênero à jovem criatura e, atribuição, uma identidade racial,nacional,ética e religiosa. Visto da perspectiva dos tempos, tudo isso é bastante arbitrário _o produto de miríade de sucessivos acasos.

E , no entanto, quando olhamos no espelho não vemos um acaso. Vemos e sentimos a essência. Somos donos de nosso nome é de nosso rosto, nossa família e mesmo de nosso lugar no mundo _seja ele nobre ou humilde _como elemento essenciais de nosso ser. Esses são os pontos iniciais do que desempenhamos no mundo e somos transformados pelas circunstâncias.  Temos uma relutância geral em mudar nossas características essenciais ou admitir erros na forma como nos chamam, aceitam e reconhecem. Ou negamos ou esquecemos que tudo é tão improvável, tão inverossímil, tão desnecessário, tão arbitrário. 

Os palcos nos quais somos jogados também têm algo de indispensável.  Os meninos do campo acham que a terra é a sua alma. Os sofisticados urbanos em sua maioria não gostam de fazenda.  O arbitrário torna essencial.

Essa formulação parece particularmente útil quando se pensa em religião.  Qualquer pessoa que reflita, a partir de uma perspectiva desinteressada,  sobre a pletora de religiões no mundo terá uma árdua tarefa para justificar a tradição da própria religião como a única correta. Como diz Mark Twain : "A facilidade com que considero a religião de meu vizinho sugere-me que a minha própria também é falsa". E no entanto, somos o que somos_arbitrariamente, claro, mas também essencialmente : cristão, judeus,hindus,muçulmanos,budista, etc...

A religião, em si, não é somente uma peça arbitrária de teatro, apesar de, com certeza, tratar-se de teatro. É aquela forma de teatro especificamente desenvolvida para nos ajudar a lidar com os momentos de crise mais difíceis do drama humano;  nascimento, casamento  e morte. Entre tanto ,a religião nos fornece histórias sacras_ ficções sacras,que quiserem _que são instrutivas sobre assuntos como bênçãos, obrigações morais e como lidar com medos existenciais. A estrutura mitológica completa que nos é fornecida através da religião é maravilhosamente instrutiva.  Estudar a história da religião ou procurar pelo Jesus histórico é forçado a reconhecer que nossa tradição particular é bastante arbitrária _que as coisas poderiam ter saído bem diferentes. Mas,se lembrarmos que aquilo que uma vez foi colocado como arbitrário pode e realmente torna-se uma característica essencial de quem somos ,então é possível aceitar as verdades místicas das quais somos herdeiros. "Credo quia absurdum est". Alguém disse que a alma reage de três modos diferentes _matemática, música e mito. Se negligenciamos os mitos que falam verdades sobre nossa condição fazemos isso por nossa conta. 

  Dedicatória aos religiosos:
 "Não existe ideais ou verdades absolutas e sim conflitos de interpretação "
(Nietzsche )

 Karl E Scheibe 

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Frases À-toa

1-"Amar e sofrer é, a longo prazo, o único meio de viver com plenitude e dignidade".
 (Gregório Maranõn )


2- "A preguiça caminha tão devagar que a pobreza atinge-a facilmente."
(Benjamin Franklin)


3-"Ao longo da tua vida tem cuidado para não julgares as pessoas pelas aparências."
( Jean de La Fontaine)


4-" O que importa quantos amores você tem se nenhum deles te dá o universo?"
 (Jacques Lacan)


5-"É distinguível dois estados da alma humana: o prazer (movimento suave do amor) e a dor (movimento áspero do amor)."
 (Aristipo de Cirene )


6-"Todo o nosso mal provém de não podermos estar sozinhos: daí o jogo, o luxo, a dissipação, o vinho, as mulheres, a ignorância, a desconfiança, o esquecimento de nós mesmos e de Deus."
(Jean de la Bruyere)


7-"A gente todos os dias arruma os cabelos: por que o coração?"
(Provérbio chinês )


8-“Um  amigo falso e maldoso é mais temível que um animal selvagem; o animal pode ferir seu corpo, mas um falso amigo irá ferir sua alma.” 
 (Buda)


9-  " A coisa mais injusta da vida é a maneira como ela termina. Está tudo ao contrário. Acreditem que o verdadeiro ciclo da vida está de pernas para o ar. Devíamos primeiro viver num asilo, até nos expulsarem por sermos demasiado novos. Ganhávamos um relógio de ouro e íamos trabalhar. Depois estávamos 40 anos num ou vários empregos até ficarmos suficientemente novos para podermos aproveitar a reforma. Era uma curtição. Podia-se fumar à vontade, beber muito álcool, ter muitas namoradas ou esposas e fazer muitas festas. No fim deste período, preparamos a entrada na universidade. Depois entramos num colégio, também com várias namoradas, mas mais novinhas. Algum tempo depois ficávamos criança. Sem nenhuma responsabilidade, hem? Depois, passa-se à fase do bebezinho amoroso, de colo. Esta parte passa depressa e rapidamente se regressa ao útero materno. Os últimos nove meses de vida são passados a flutuar e a dar pontapés. Tudo termina com um grande e fantástico orgasmo! Não seria perfeito?”
 (Charles Chaplin )


10- "A fonte da infelicidade do homem é a sua ignorância da Natureza. A pertinácia com que ele se agarra a opiniões cegas absorvidas em sua infância, que se entrelaçam com sua existência, o preconceito consequente que deforma sua mente, que impede sua expansão, que o torna o escravo da ficção, parece condená-lo ao erro contínuo."
 (Barão d'Holdebach )


11-"Quando você chama a si mesmo de indiano,muçulmano ,ou cristão ,ou europeu ou outra coisa você está sendo violento. Você entende por que está sendo violento? 
 Você está se separando do resto da humanidade. Quando você se separa por religião, por nacionalidade,  por tradição isto gera violência "
  (Jiddu Krishnamurti )


12-"Goze este dia porque é a vida. A própria vida da vida. Em seu breve transcurso, você encontrará todas as realidades e verdades da existência: a sorte do crescimento, o esplendor da criação, a glória do poder. Porque o ontem é só um sonho e o amanhã, só uma visão. Porque o hoje, bem vivido, faz do ontem um sonho de felicidade e, de cada manhã, uma visão de esperança".

(Provérbio indiano)



13-"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz."
(Platão)


14-"O amor e a arte não abraçam o que é belo, mas o que justamente com esse abraço se torna belo."
(Karl Kraus)


15-"Nenhuma verdade me parece mais evidente que os animais serem dotados de pensamento e razão tal como os homens. Os argumentos neste caso são tão óbvios, que nunca escapam aos mais estúpidos e ignorantes."
(David Hume)



16-"Há dois valores essenciais que são absolutamente indispensáveis para uma vida satisfatória, recompensadora e relativamente feliz. Um é segurança e o outro é a liberdade. Você não consegue ser feliz, você não consegue ter uma vida digna na ausência de um deles, certo?

Segurança sem liberdade é escravidão e liberdade sem segurança é um completo caos, incapacidade de fazer nada, planejar nada, nem mesmo sonhar com isso. Então você precisa dos dois."
(Zygmunt Bauman)


17-"Amizade é quando duas pessoas se unem em busca de alguma verdade mais elevada"
(Nietzsche )


18-" verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."
(Antoine de Saint-Exupéry)


19- "Enquanto houver vontade de lutar haverá esperança de vencer."
(Santo Agostinho )


20-A maioria dos homens gasta a melhor parte da vida a tornar a outra miserável.
 (Marcel Proust)





Por que a paciência é a arte de Saber suportar a dor e por que devemos ter paciência?

O pintor holandês Vincent van Gogh é considerado hoje como um dos maiores artistas da História, ainda que só tenha vendido uma tela em vida. Além de obras como “Noite Estrelada” e “Os Girassóis”, Van Gogh é lembrado por um episódio curioso: no dia 23 de dezembro de 1888, em um momento de forte depressão, o pintor cortou um pedaço da própria orelha. A respeito desse dia, ele viria a pintar o quadro conhecido como “Autorretrato com a orelha cortada”.


A paciência é uma palavra derivada do latin ,significa "Patientia" que seguinifica dor,agonia e desespero , essa palavra deriva do verbo Patior, que significa apatia, compondo essas junções temos a palavra "Paciência "; a paciência nada mais é do que a verdadeira arte de sentir e saber suportar as dores impostas pela vida, saber lidar com pessoas, a crise, a melancolia e depressão, a paciência é uma atitude poderosa capaz de vencer todas as dores da vida humana.

No século III a.C. o filósofo Grego Zenão de Cítio funda a raiz filosófica o estoicismo, e aos seus discípulos Zenão dava como um ensinamento apenas :(Υπομονή) a "paciência," uma simples palavra. Para que estudar sobre a dor? No sentido estóico essa palavra em si resume todo o conhecimento estóico de se adquirir a verdadeira paz da alma para a busca da felicidade e sabedoria. 

No sentido estóico por mais que se faça é impossível subtrair-se totalmente à dor; ela nos recebe no berço e nos persegue, de mil maneiras, até o leito de morte: doenças, necessidades do corpo e da alma, desejos enganosos, gozos amargos, vaidades feridas, paixões que nos dilaceram, trabalhos estéreis, tédio do mundo e da solidão, etc. O homem, incapaz de evitar uma parte desses males, pode, ao contrário, agravá-los a todos, com a impaciência.

Os estoicos ensinavam que as emoções destrutivas resultam de erros de julgamento, e que um sábio, ou seja, uma pessoa com "perfeição intelectual e moral", não sofreria com essas emoções. Assim, suportar com paciência o que não se pode evitar ou alterar, é ato de sabedoria.




A virtude da paciência está diretamente ligada à moderação, à mansuetude de alma com a qual se sofre, sem contrariedade, coisas próprias a causar irritação, desgosto, tédio.

No dia a dia, a paciência nos falta algumas vezes, quando não sabemos suportar até mesmo uma pequena contrariedade.

E o curioso é que desejamos ver a paciência nos outros, e apreciamos quem a possui.

Se, por exemplo, estamos dirigindo nosso veículo em rua movimentada queremos que o motorista que nos segue seja sempre paciente, mas não aquele que está à frente, pois se não seguir o nosso ritmo, a impaciência surge.

Quando, no consultório médico, estamos à espera da nossa vez, ficamos ansiosos para que o paciente que nos antecedeu seja breve, seja sucinto, e ficamos olhando no relógio a cada instante, por vezes demostrando nossa impaciência aos atendentes, para que fique clara a nossa desaprovação. No entanto, tudo muda quando somos nós que estamos sentados diante do médico.

O mesmo acontece quando esperamos uma mesa na fila do restaurante. Desejamos que as pessoas que estão fazendo as refeições não demorem, liberem logo a mesa. Todavia, quando chega a nossa vez, ficamos tão à vontade que esquecemos que há uma fila lá fora.

A que podemos atribuir essas incoerências em nosso proceder? À falta de entendimento de nossa parte? Certo que não, pois sabemos distinguir a diferença entre aguardar e ser aguardado.

Saber suportar um atraso, sem aborrecimento, uma dor, sem revolta, um revés qualquer, sem irritação, é ser paciente, é ter sabedoria.

A paciência é a virtude que sabe esperar, porque tem seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo. 

Somente a paciência dá a perseverança, a constância e a coragem para se exercer uma atividade de longo fôlego.

Deve ser por isso que um sábio disse que “a paciência é a coragem da virtude”.

As depressões, ou fobias seguinifica a negação da dor , a Sabedoria estóica nos ensina a suportá-la para que possamos evitar a dor.

 Um dos exemplos de negação as dores da vida foi o pintor Van Gogh,  por várias vezes tentara suicídio a primeira vez quando cortou sua própria orelha , o suicídio por muitas hipóteses está ligada à falta de paciência,  a negação da dor, quando a negamos , negamos também a nossa vida assim como fez no dia 27 de julho de 1890, o ilustre Van Gogh disparou um tiro contra si mesmo e morreu dois dias depois, aos 37 anos.

A negação da dor faz com que muitas vezes as pessoas em depressão, tenham a concepção errônea de que elas não são fortes o suficientes para encarar situações de desespero,  ou fortes o suficientes para aguentar as duras cobranças familiares no qual estão expostas, ou se sentirem culpadas por causarem sofrimento a outras pessoas,  a baixa auto-estima em si é uma armadilha para a negação dessa dor.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Jean Piaget : O educador

A ideia de considerar o grande epistemológico e psicólogo suíço educador poderia surpreender à primeira vista: de fato, como chamar de "educador" a Jean Piaget, que "Em matéria de pedagogia, não tenho opinião " (Bringuier, 1977 pgina. 194) ,e cujo os escritos sobre educação não ultrapassa 3% de sua obra?

A perplexidade pode ser totalmente justificada quando pensa exclusivamente na produção científica do próprio Piaget. Porém, torna-se menor quando se pensa no considerável número de obras de outros autores que se referem às implicações educacionais da obra piagetiana. De fato, há muitos anos, inúmeros educadores e pedagogos de diversos países se referem explicitamente à obra de Piaget para justificar suas práticas ou princípios. Mas trata-se sempre da mesma interpretação?  Faz-se referência invarialmente à psicologia de Piaget, ou envocam-se outros aspectos de sua obra complexa e multiforme? A qual dos tão diversos "Piagets" devem-se as contribuições mais importantes: ao Piaget biólogo, ao epistemológico, ao psicólogo e ao filósofo,  ou se está particularmente em dívida com "político " da educação __que é como se poderia qualificar o Piaget diretor do Bureau Internacional de Educação?

    O combate de uma vida: a ciência 
Comecemos pintando o pano de fundo. Figura típica de acadêmico "iluminado ", Jean Piaget lutou toda a sua vida contra as instituições e os preconceitos intelectuais de sua época __e,talvez, também,contra suas próprias preocupações espiritualistas e idealistas da juventude __para promover o enfoque científico.

Incitado por um pai "de espírito escrupuloso e crítico, que não gostava das generalizações apressadas ";iniciado muito cedo à precisão naturalista pelas mãos do malacólogo Paul Godet, diretor do Museu de História Natural de Neuchatel, sua cidade natal; lançado, ainda estudante, na arena da confrontação científica internacional ,em 1911, com idade de 15 anos, publica seus primeiros trabalhos em revistas de grande circulação. Piaget foi muito rapidamente seduzido pelo charme e pelo rigor da pesquisa científica. Escutemos suas próprias palavras:

"Esses estudos por que fossem, foram de grande utilidade para minha formação científica; além disso funcionaram, poderia dizer, como instrumentos de proteção contra o demônio da filosofia. Graças a eles, tive o raro privilégio de vislumbrar a ciência e o que ela representa antes de sofrer as crises filosóficas da adolescência. Ter tido a experiência precoce destes dois tipos de problemática construiu, estou convencido, o motivo secreto da minha atividade posterior em psicologia "

Assim, apesar deduas importantes "crises de adolescência ",uma religiosa e outra filosófica, Piaget chegou, progressivamente à convicção íntima de que o método científico era a única via de acesso legítima ao conhecimento, e que os métodos reflexivos ou introspectivo da tradição filosófica, no melhor dos casos, só podiam contribuir para elaborar certo tipo de conhecimento.

Essa convicção, cada vez mais forte, determinou as opções básicas que Piaget adotou até os anos 20 do século passado e que ele nunca mais modificou, seja no campo da psicologia que decidira estudar; seja no campo da política acadêmica que decidira defender ;seja, finalmente, no compromisso que aceitara enfrentar diante dos problemas da educação.

No que diz respeito à psicologia dizia : "Isso me fez adotar a decisão de consagrar minha vida à explicação biológica do conhecimento, abandonando, assim, após um interesse inicial, vinculando à sua própria experiência familiar, a psicanálise e a psicologia patológica.

Quando a seu trabalho de pesquisador e de professor universitário, a preocupação constante que estimulava e orientava sua obra e sua vida
Inteira foi a de conseguir o reconhecimento, em particular de seus colegas no campo das ciências físicas e naturais, de caráter também científico das ciências do homem mais especificamente da psicologia e epistemologia. Quando à sua atitude e seu engajamento no campo da educação, sua posição o levou naturalmente a reconhecer, desde o princípio de sua participação ativa como estudante, o caminho privilegiado para incorporar o método científico na escola.

    O descobrimento da infância e da educação.

DESENVOLVIMENTO NA EDUCAÇÃO E LEITURA.

 Desde os primórdios até hoje em dia a educação no conceito de linguagem e leitura surgiu como um dos métodos de organização: social, científica e cultural, pois para que possamos entender e aprofundar os conhecimentos na linguagem o contexto histórico mostra a sua essência na escrita _Podemos citar por exemplo a pré -história o homem molda a escrita com desenhos retirando a tinta da seiva de folhas ou sangue de animais, logo percebemos com o decorrer do tempo chineses e babilônios foram os primeiros povos a adotarem símbolos em sua linguagem, escrita e leitura de documentos e leis que constituíam os costumes e cultura das sociedades na babilônia por exemplo foi escrito no ano 825 d.C em Bagdá um exemplar matemático intitulado como : "Hisab al-jabr w'al muqabalah "em quanto na China a mais ou menos 3000 a.C foi escrito o primeiro livro considerado o pai de todos os livros por historiadores o I-Ching de Hexadrama escrito em capa dura e escrito a mão pelo Senhor ancião Fu Hsi que viveu entre (2500 -?2432 a.C ) acreditam alguns historiadores que Fu Hsi foi o patrono dos símbolos e caracteres. EDUCAÇÃO NOS DIAS ATUAIS A psicopedagogia moderna nos proporcionou ao longo dos séculos XX e XXI, uma forma organizada de conhecimento de leitura e escrita como também foi de suma importância para a organização da sociedade como deveres e afazeres, a educação de uma criança até a fase adulta se forma através de símbolos é escrita que permitem eficácia no desenvolvimento intelectual humano. 

CONSTRUTIVISMO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA A FASE ADULTA PIAGET.

 Uma das teorias mais importantes na educação a teoria do construtivismo, que surgiu no século XX, pelo biólogo e filósofo Suíço Jean Piaget observando o desenvolvimento físico,e psicológica da criança, Piaget observa a fase natural do desenvolvimento fisiológicos para a primeira fase da vida. A percepção do universo para a criança se baseiam nos cinco sentidos para os seres humanos: Ofato, paladar, Audição, Visão e tato às percepções são palpável a realidade universal de toda a natureza perceptíveis a uma criança em formação intelectual. Ao perceber o desenvolvimento da fala e manipulação de objetos observa-se que a criança está moldada para adquirir leitura e escrita no aprendizado da formação intelectual através de uma junção silábica de compreender a leitura se assemelhando-se com percepção natural. Por exemplo a palavra Ca-Cho-rro. ..se a palavra foi escrita em forma silábica e lida para a criança ela vai usar sua percepção natural das coisas por ter observado vários cachorros em seu cotidiano os primeiros caracteres são as letras, C,A,C,H,O,R,O,....com as letras memorizadas os símbolos são a percepção de forma de escrita adquirido pela criança. DESENHOS E SÍMBOLOS O filósofo Piaget, percebeu também que o desenvolvimento infantil de desenhar que as crianças têm na sua formação educacional de figuras uma percepção de linguagem de escrita ao desenhar paisagem, animais, pessoas e família, essa forma de arte manifesta o sentido de transmitir uma mensagem através de figuras ela escreveu suas emoções em uma simples folha de sulfite. Para Piaget a primeira manifestação de escrita é o desenho. DESENVOLVIMENTO DOS 4 AOS 16 ANOS. Aos 4 aos 16 anos o conhecimento dos símbolos numéricos geram estranheza nas crianças na fase de aprendizagem social que usam letras ou números a formação da linguagem através de símbolos é incentivar a formação de uma língua,palavra ou conjunções verbos e pronomes sujeitos ou predicados.,a formação neurolinguistica da criança é prepará-la para o desenvolvimento do intelecto,permitindo a integração na sociedade. O desenho a linguagem formal toma uma forma simples e eficaz que possibilita agora a interpretação de textos e a compreensão mais aguçados de livros de leitura a livros didáticos, ao preenchimento de uma ficha,ou a assinatura de um documento; as leis, livros,arte ,ciências e filosofia, nos propôs uma formação educacional avançada e eficaz na nossas vidas.




 

Albert Einstein e a Teoria da relatividade.


Pouquíssimos entenderam a teoria da relatividade ,mas seu nome já contém o fator decesivo:de certa forma ,tudo é relativo. É o que basta para marcar o clima da época.O que se sabe é que a teoria da relatividade descartou todas as antigas certezas e criou uma nova decisão de mundo.E foi exatamente isso o que transformou o seu inventor;Albert Einstein, na figura da ciência e de pai da ciência e um substituto do amado Deus.Sem dúvida o que contribuiu para isso foi o fato de Einstein,com sua cabeça coberta por uma cabeleira branca desgrenhada e seu semblante de pessoa boa e inteligente parecer com o ícone da oniciencia divina. Mas do que se trata exatamente a teoria da relatividade?No âmbito específico (1905) e no geral,Albert Einstein revoluciona a forma de como entendemos o tempo e a percepção do espaço, Einstein atribuiu ao tempo um novo lugar dentro da nossa visão de mundo ao aproximá-lo mais do espaço e declará-lo a quarta dimensão (as primeiras três são a linha da superfície e o volume). O segredo para compreender essa revolução está na posição do observador. Até Einstein,o observador havia sido excluído da ciência justamente para impedir que os dados naturais fossem adulterados por pontos de vista subjetivos.Einstein resgata o observador e passa a observar apartir do seu ponto de vista.Estabelece a velocidade da luz como condição essencial para observação. Ela não pode ser excedida ,se não suas causas agiram mais rapidamente do que poderiam ser observadas.Em outras palavras ,a observação de todos os objetos requer tempo,quanto mais distantes estiverem ,tanto mais tempo será requerido.Uma estrela fica a um ano luz (distância que percorre 300000k/s) é vista como há um ano.Ou também podemos dizer:quando o vejo ,estou olhando para o passado.Isso destrói simultaneidade, que é extremamente rara.Vamos imaginar que eu esteja sentado em uma estrela que flutua exatamente no meio do caminho entre duas gêmeas; cada uma delas existe uma bomba atômica, aguardando ser detonada por um sinal do meu canhão de luz.Se eu apertar o botão, verei em menos de dez minutos uma explosão em ambas as estrelas;nesse caso vivência a simultaneidade, mas somente a partir dessa posição.Se eu programasse meu canhão de luz com um timer para ser acionado daqui duas horas e abandonasse minha estrela a bordo de uma nave espacial rumo a uma das duas estrelas gêmeas, depois de mais de duas horas de viagem ,veria uma das explosões antes da outra,embora ocorram "ao mesmo tempo" O termo "simultâneos é relativo e depende do ponto onde se encontra o observador.Sem essa referência, ele não tem sentido.


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Reflexão sobre o Poema Torneira Seca de José Paulo Paes


"A torneira seca (mas pior:a fala de sede) a luz apagada (mas pior: o gosto escuro) a porta fechada (mas pior: a chave de dentro). Este poema de José Paes nos fala ,de forma extremamente concentrada e precisa ,do núcleo da liberdade e de como podemos perceber a sua ausência.O poeta lança um contraponto entre uma situação externa experimentada como um dado como um fato (a torneira seca,a luz apagada,a porta fechada) é a inércia resignada no interior do sujeito (a falta de sede,o gosto do escuro,a chave de dentro).O contraponto é feito pela expressão "pior". Que significa ela?Que diante da diversidade,renunciamos a enfrentá-la,fazendo-nos cúmplices dela. Porém, não é isso o pior.Pior é a renúncia da liberdade. Renunciamos à sede ,que nos faz buscar abrir a torneira ; renunciamos ao desejo da luz ,que nos faria acender a luz; renunciamos ao aberto que nos faria girar a chave. Dessa maneira ,secura ,escuridão, e prisão deixam de estar de fora de nós para tornarem nós mesmos, com nossa falta de sede,nosso gosto de escuro e nossa falta de vontade de girar a chave. A poesia trás muitos aspectos artísticos,filosóficos e reflexivo na literatura...afinal foi desse jeito que interpretei o poema de José Paes.E alguém interpreta de um jeito diferente?

O que é a Memória?

 A memória é uma atualização do passado ou a presentificação do passado e é também registro do presente para que permaneça a lembrança.Alguns estudiosos julgam que a memória seria um fato puramente biológico, isto é, um modo de funcionamento das células do cérebro que registram e gravam percepções e idéias, gestos e palavras. Para esses estudiosos, que memória se reduzida ,portanto,ao registro cerebral ou à gravação automática pelo cérebro de fatos ,acontecimentos ,coisas ,pessoas e relatos.Essa teoria ,porém não se sustenta. Em primeiro lugar ,por que se a memória fosse mero registro cerebral de fato é coisas do passados ,não se poderia explicar o fenômeno da lembrança isto é ,que selecionamos e escolhemos nossas lembranças tais como percepções, aspectos afetivos ,sentimentais e valorativos (há lembranças tristes ,alegria,saudade e arrependimento ou remorso) Em segundo lugar não poderia explicar o esquecimento ,pois se tudo está espontânea e automaticamente registrado e gravado em nosso cérebro, não poderíamos esquecer de coisa alguma e ter dificuldades para lembrar de certas coisas e recordar de outras tantas. Isso não significa que não haja fatores fisiológicos ou cerebrais da memória,pois os estudos científicos mostram não só zonas do cérebro responsáveis pela memória, como também os estudos bioquímicos mostram o papel de algumas substâncias responsáveis por conservar a memória e explicam o fenômeno do seu todo. Podemos dizer que a memorização entram nos componentes objetivos e subjetivos para formar a lembrança e também é um processo de seleção de nossas vidas e esquecimento daquilo que não é importante.

Cosmologia e Metafísica

A filosofia nasce da admiração e do espanto,dizem Platão e Aristóteles. Admiração : "O porque existe?"espanto " Porque o mundo é tal como é? . Desde seu nascimento a filosofia perguntou: "O que existe?","Porque existe?","O que é isso que existe?","O que é isso que existe?","Porque é como surge e como desaparece?","Porque é como muda?",Porque a natureza ou o mundo matem ordenados e constantes,apesar da mudança continua de todas as coisas? Esse espanto ou admiração diante do mundo se consiste em perguntas que levaram os primeiros filósofos a buscarem explicações racionais para a origem do mundo Odernado,o cosmo.Por esse motivo nasce a cosmologia na filosofia.A busca do princípio que causa e ordena tudo quanto existe (minerais;vegetais;animais;humanos;astros;úmido seco;quente ou frio) e tudo que nela acontece ( dia;noite;estações do ano;nascimento;saude;doença;morte;bem ou mal;belo ou feio;etc. )foi a busca de uma força natural parente e imortal ,subjacente as mudanças, denominada pelos primeiros filósofos com o nome physis,e portanto uma física ,ou como a chamava Aristóteles, uma fisiologia isto é o estudo da physis. Como então surgiu a metafísica Como surgiu um saber que suplantou a cosmologia ou física dos primeiros filósofos? Como por que a metafísica acabou se tornando o centro da disciplina mais importantes da filosofia? A palavra metafísica não foi empregada pelos filósofos gregos .Foi usada pela primeira vez por Andronico de Rodes, por volta do ano 50a.c,quando recolheu e classificou as obras de Aristóteles que durante muito séculos, haviam ficado dispersas e perdidas.Com essa sentença "Tá meta tá physica'_o organizador de textos aristotélicos indicava um conjunto de escritos que ,em sua classificação; localizava-se após o tratado sobre a física ou sobre a natureza,pois a palavra grega meta quer dizer "depois" "após ";"após cima de". Tà:"aqueles ";meta:"após,depois"; Tà physica: aqueles da física. Assim a expressão tà meta tà physica significa "aqueles(escritos)que estão (catalogados) após os (escritos) da física. Andrônico de Rodes propôs os escritos de física haviam recebido uma designação do próprio Aristóteles quando este definia o assunto de que tratavam :"São os escritos da Filosofia primeira ,cujo o tema é "Ser enquanto Ser".Desse modo Aristóteles chamou de Filosofia primeira passou a ser designado como metafísica. "Em quase toda parte do reino animal as fêmeas geram filhotes e o cavalo marinho a espécie que geram descendentes são os machos logo e errado dizer que só as fêmeas de cada espécie geram descendentes?Então porque o cavalo marinho macho é quem gera os filhotes e não a fêmea? 

Heron de Alexandria e as máquinas


Um quinteto eterno. Não obstante terem sido as máquinas multiplicada através dos séculos, sua catalogação mais moderna terá de começar pelos cinco instrumentos enumerados pelo Filósofo e inventor Heron de Alexandria ,que viveu mais ou menos na época de Cristo: alavanca,roda e eixo,roldana,Cunha e rosca.Muito embora não contrariem a definição do dicionário, de que a máquina se compõe de "várias partes " esses instrumentos são considerado como "máquinas simples"-----prolongamentos descartáveis do corpo humano que no essencial,suplementam as funções dos braços. Variações do quinteto elementar de Heron estão por toda parte a nossa volta.Uma escavadeira por exemplo,é uma alavanca modificada.Um formão é uma cunha afiada.Um arado é uma rosca. Além desses instrumentos qualquer consideração de uma máquina terá de incluir os "agentes motores": mecanismo ____ou organismo___que convertem a uma forma natural de energia em outra forma capaz de produzir movimento.O corpo extrai energia química dos alimentos e o converte em energia muscular que possibilita o funcionamento das ações fisiológicas do corpo como falar,andar,e dar voltas em sua casa.Uma roda hidráulica transforma a energia cinética da água corrente em força e faz girar um eixo.Uma máquina a vapor converte a energia química do carvão em energia térmica de vapor que aciona o êmbolo. Dirá o engenheiro mecânico que as máquinas, como receptores de forças de agentes motores pertencem a uma categoria distinta.Tecnicamente ele estaria certo.Mas escrever sobre as máquinas deixando de lado os agentes motores seria discorrer em vão, o mesmo que falar de chassi de automóvel sem motor. Precursoras do mundo mecanizado de hoje a descoberta de agentes motores ,como moinhos de vento ,a conquista do metal e a criação da roda.Ja na idade paleolítica revelara o homem a inclinação do homem para " animal fazedor de instrumentos",na frase celebrada por Benjamim Franklin.Ideou facas de pedra de gume afiado,instrumentos de madeira pra cavar,machadinha de quartzo e arpões guarnecidos de ossos perfurantes.Era tudo tosco o prolongamento das mãos, das unhas ,e dos dentes.Em termos mecânicos eram Protomaquinas que não usavam meros apetrechos para aplicar a suas força com maior eficiência. Utilizou varas como alavancas para deslocar as rochas.Descobriu que a ganhará dos veados,quando encurvada retesada por um tendão, arremessava uma flecha a distância. Verificou que um bastão rodado entre as mãos produzia fogo mais rapidamente que dois bastões esfregando um contra o outro. E assim o homem tropeçou nas "máquinas simples " começando a perceber as forças que elas conferiam .Constatou que as alavancas proporcionavam vantagem mecânica. No arco de Flecha topou a ser o primeiro apetrecho para amarzenar energia.O bastão de fogo produziu movimento giratório parcial. O metal a substância definitiva,lustrosa,forjavel e duradoura das máquinas surgiu eficazmente à vontade do homem por volta do quarto milênio a.C.,nas antigas civilizações do oriente médio. Havia muito que ele utilizara o cobre puro,mas era uma raridade na natureza.Por um feliz acidente o homem se tornou cônscio então ele percebe que certas pedras dependiam líquido metálico se aquecidas com carvão vegetal sob tiragem forçada. Aprendeu a moldar cobre derretido em machadinha e formões que poderiam ser afiados quando o metal se solidificasse.E o homem libertou-se então da dependência da pedra intratável para seus implementos. Segundo Heron de Alexandria as máquinas são como nosso segundo corpo a alavanca substitui o braço (como manipular algo cortante por exemplo),;as rodas e motores substituem as pernas (carro,avião quaisquer meios de transporte),e o motor o cerebro (com a evolução dos motores trabalhamos com mais facilidade) Heron de Alexandria foi o primeiro filósofo a catalogar peças fundamentais para uma máquina que foi Um quinteto eterno ,até hoje presentes na nossa geladeira,carro,moto, ou uma furadeira...Agora imaginem como seria viver sem as máquinas você conseguiria? Você considera a máquina o segundo membro do seu corpo?

Análise do livro "O homem Moisés e a Religião Monoteísta " Sigmund Freud.

ANTECEDENTE HISTÓRICO - AKHENATON (DINASTIA XVIII -
1350-1333 A.C)

É incerto se Amenhotep IV, filho mais novo de Amenhotep III e da rainha Tiy, 
chegou ao poder após a morte de seu pai, ou depois de um período indeterminado de 
regência. Em qualquer caso, no quarto ano do seu reinado o Egito caiu em um período 
de profundas mudanças e ideologias na religião e na arte sem precedentes. 
Abandonando os retratos tradicionais dos deuses, o governante fez-se representar, com 
sua esposa onipresente, Nefertiti, em atos de culto ao disco solar, identificado com o 
deus Aton, surgem raios que terminam em mãos. O homem de Deus e seus epítetos ram inseridos em cartuchos, como nomes reais, e um grande santuário dedicado ao 
deus sol em Karnak foi governado. Mesmo a iconografia do Faraó mudou radicalmente. 
Algumas estátuas colossais retratam o rei com um realismo extremo: o crânio alongado, 
rosto oval, lábios inchados, olhos amendoados, corpo andrógino e barriga flácida. O 
novo cânone iconográfico extensível aos membros da família real e alguns funcionários 
judiciais. E pela primeira vez na arte egípcia, o soberano é representado desempenhando 
atividades diárias, e há inúmeras cenas que retratam a família real em sua vida privada 
doméstica. Durante o quinto ano de seu reinado, Amenhotep IV começou sua nova 
capital, em uma área de deserto do Oriente Egito, perto da atual cidade de Amarna, 
onde se aposentou com sua corte para professar o culto de Aton. A fundação de uma 
nova cidade, Akhenaton ("Horizonte de Aton"), coincidiu com a mudança do nome 
verdadeiro: abandonou o nome que contém uma referência a Amun, o deus de Tebas, e 
adotou o nome Akhenaten. Adorar os deuses do panteão egípcio foram proibidos e 
fechou os santuários do país: o soberano impôs o culto exclusivo do disco solar e com 
apenas o casal real foi possível estabelecer uma relação direta. A composição poética,
(Hino a Aton), foi provavelmente criado pelo próprio Ajenatón escrito sobre as paredes 
de um túmulo da cidade de Akhenaton. Para o décimo segundo ano de mandato, 
Akhenaton e Nefertiti viveram de forma estável na nova capital, onde tinham construído 
novos palácios e templos para o culto de Aton; Tiy (mãe de Akenhaton) viveu com eles, 
e a mãe real Nefertiti com suas seis filhas e outros membros da corte. Embora a política 
externa deste período é bem conhecida graças ao arquivo real de Amarna, não há 
nenhuma evidência de campanhas militares de destaque. Após o décimo segundo ano,
parece que vários infortúnios talvez relacionadas a uma epidemia virulenta, marcou a 
última fase do reinado de Akhenaton; Tiy e duas de suas filhas morreram, e perdeu-se 
os monumentos de Kiya, esposa secundária. Akhenaton morreu no décimo sétimo ano 
de seu reinado, e foi sepultado no túmulo que havia aberto em Amarna. Seus 
fragmentos no sarcófago foram remontados e hoje se encontram no Museu Egípcio, no 
Cairo. O soberano deixou um Egito dividido abalado por profundas mudanças e um 
delicado problema de sucessão. 
Podemos comparar o Monoteísmo com o Totalitarismo definindo-o como um 
sistema de governo em que todos os poderes ficam concentrados nas mãos do 
governante. Desta forma, no regime totalitário não há espaço para a prática da 
democracia, nem mesmo a garantia aos direitos individuais.No regime totalitário, o 
líder decreta leis e toma decisões políticas e econômicas de acordo com suas vontades. 
Embora possa haver sistema judiciário e legislativo em países de sistema totalitário, eles 
acabam ficam às margens do poder.

MOISÉS E A RELIGIÃO MONOTEISTA
Obra de Sigmund Freud publicado em Amsterdã, em alemão, no ano 1939 sob 
o título Der Mann Moses und die monotheistische Religião. Drei Abhandlungen. Livro 
escrito em seu exílio, publicado simultaneamente em Amsterdam e Londres. No mesmo 
ano da morte de seu autor, Moisés e o monoteísmo é uma das obras mais ousadas de 
Sigmund Freud, um dos mais falados e que , juntamente com o Totem e tabu, que é a 
continuação lógica, causou a maior controvérsia entre os especialistas. É uma obra-
prima, e o historiador Salo Baron Wittmayer não está errado em descrevê-lo, no 
momento de sua aparição, "magnífico castelo no ar", e apontam que "Quando um 
pensador da estatura de Freud toma posição sobre um assunto de interesse vital para ele, todos deveriam ouvir ".

O ensaio de Freud começa com esta declaração: 
Privar um povo do homem de quem se orgulha como o maior de seus filhos 
não é algo a ser alegre ou descuidadamente empreendido, e muito menos por alguém 
que, ele próprio, é um deles. Mas não podemos permitir que uma reflexão como esta 
nos induza a pôr de lado a verdade, em favor do que se supõe serem interesses 
nacionais; além disso, pode-se esperar que o esclarecimento de um conjunto de fatos 
nos traga um ganho em conhecimento. (Pág. 4)
No livro, Der Mythus von der Geburt des Helden (O mito do nascimento do 
herói) escrito por Otto Rank, discípulo e colaborador de Sigmund Freud, analisa os 
mitos de Sargon, Moisés, Karna, Édipo, Paris, Telephus, Perseu, Gilgamesh, Cyrus, 
Tristan, Romulus, Hercules, Jesus, Siegfried e Lohengrin. Em sua análise todas essas 
historias contêm características essenciais. Ele destaca símbolos recorrentes a todos 
esses mitos, tais como a água, a luta para nascer mesmo contra toda adversidade, e a 
vitória do herói. Otto Rank, quando ainda estava sob a influência de Freud publicou,
seguindo a sugestão do seu professor, o livro ´Lenda Media´. Logo Freud apoiou-se 
neste livro para fundamentar certas hipóteses na historia do herói em seu ensaio Moisés 
e a Religião Monoteísta.
‘O herói é filho de pais muito aristocráticos; geralmente, filho de um rei. ‘Sua 
concepção é precedida por dificuldades, tal como a abstinência ou a esterilidade
prolongada, ou seus pais têm de ter relações em segredo, por causa de proibições ou 
obstáculos externos. Durante a gravidez, ou mesmo antes, há uma profecia (sob a forma 
de sonho ou oráculo) que alerta contra seu nascimento, que geralmente ameaça perigo 
para o pai. ‘Como resultado disso, a criança recém-nascida é condenada à morte ou ao 
abandono, geralmente por ordem do pai ou de alguém que o representa; via de regra é 
abandonada às águas, num cesto. ‘Posteriormente ele é salvo por animais ou por gente 
humilde (tais como pastores) e amamentado por uma fêmea de animal ou por uma 
mulher humilde. ‘Após ter crescido, redescobre seus pais aristocráticos depois de 
experiências altamente variadas, vinga-se do pai, por um lado, é reconhecido, por outro, 
e alcança grandeza e fama. (Pág. 6)
Freud comenta as seguintes representações simbólicas:
O abandono num cesto -----------------------nascimento
Cesto-------------------------------------------- útero
Água-------------------------------------------- líquido amniótico
Relação genitor com a criança---------------tirar para fora ou salvar das águas
Família real ou aristocrática----------------- Família fictícia
Família humilde------------------------------- Família do “herói”
No ‘romance familiar’ ficção poética, o filho reage em sua relação emocional 
com seus genitores especialmente com o pai. O mito do nascimento do herói fica na 
imaginação do povo como um comportamento comum ao modelo de herói.
Eduard Meyer e outros especialistas presumiram que a lenda de Moises foi 
diferente. Otto Rank diz que por “motivos nacionalistas” a lenda modificou-se tal como 
a conhecemos no tempo atual, Freud comenta o seguinte: Em seu caso, a primeira 
família; em outros casos, a aristocrática, foi suficientemente modesta. Ele era filho de 
levitas judeus. Contudo, o lugar da segunda família, em outros casos a humilde, foi 
tomado pela casa real do Egito; a princesa o criou como se fosse seu próprio filho. Esse 
afastamento do tipo intrigou a muitas pessoas. O faraó, segundo eles, fora advertido por 
um sonho profético de que um filho nascido de sua filha traria perigo para ele e para seu 
reino. Dessa maneira, fez com que a criança fosse abandonada no Nilo, depois do 
nascimento, mas ela foi salva por judeus e criada como filho deles. 
Basta a reflexão, uma lenda que não mais se desvie das outras, pois seria de os
egípcios não tinham motivo para glorificar Moisés, visto este não ser um herói para 
eles. Temos de supor, então, que a lenda foi criada entre os judeus, o que equivale a 
dizer que foi ligada, em sua forma familiar [isto é, na forma típica de uma lenda de 
nascimento], à figura de seu líder. Mas ela era totalmente inapropriada para esse fim, 
pois que utilidade e poderia ter para um povo uma lenda que transformava seu grande 
homem em estrangeiro? (Pág. 8)
Passo do totemismo ao monoteísmo
O tema principal do ensaio de Moisés, “trata-se de uma ideia fundada na
origem da religião monoteísta em geral”. É preciso, pois, reconstruir com certa 
verossimilitude o acontecimento do assassinato que seja ao monoteísmo o que ou
assassinato do pai primitivo haveria sido ao totemismo, representando frente a este último o papel de relevo, de reforço e amplificação, Freud no seu ensaio de Moisés 
aponta varias hipóteses um pouco arriscadas:
MOISÉS EGÍPCIO SEGUIDOR DO CULTO DE ATEN

...Surgiu a ideia de um deus universal Aten, a quem a restrição a um único país 
e a um único povo não mais se aplicava. No jovem Amenófis IV, chegou ao trono um 
faraó que não tinha interesse mais alto do que o desenvolvimento dessa ideia de um 
deus. Ele promoveu a religião de Aten a religião estatal e, através dele, o deus universal 
tornou-se o único deus: tudo o que se contava dos outros deuses era engano e mentira. O 
Moisés egípcio dera a uma parte do povo uma noção mais altamente espiritualizada de 
deus, não pode constituir fato sem importância que Akhenaten comumente se referisse a 
si mesmo, em suas inscrições, como “vivendo em Ma’at” (Verdade, Justiça).
Moisés, podemos perguntar: que significa seu nome?, qual é a sua origem?
Segundo as deduções de investigadores como o mesmo Freud chega à conclusão que 
seu significado deriva do vocabulário egípcio Mós ou Més (Mose) que significa criança, 
deixando assim sua origem de nascimento no mesmo Egito. A circuncisão, prática 
utilizada pelo egípcios, também foi introduzida aos judeus por Moisés, podemos 
remeter-nos à uma lembrança do primevo com este termo da circuncisão, a castração 
dos filhos por parte do pai na horda primitiva .

MONOTEISMO DE ATEN
Se, contudo, colocarmos Moisés na época de Akhenaten e o supusermos em 
contato com esse faraó, o enigma se desfará, mostrando-se possíveis os motivos que 
responderão a todas as nossas perguntas. Comecemos pela suposição de que Moisés era 
um aristocrata, um homem proeminente, talvez, na verdade, um membro da casa real, 
tal como a lenda diz a seu respeito. Indubitavelmente, estava cônscio de suas grandes 
capacidades, era ambicioso e enérgico; pode ter inclusive acalentado a ideia de um dia vir a ser o líder de seu povo, de se tornar o governante do reino. Achando-se perto do 
faraó, era um aderente convicto da nova religião, cujos pensamentos básicos fizera seus.

HERÓI MOISÉS
O assassinato do líder Moisés, por parte de seu povo, Freud expõe nesta
hipótese as conclusões de Ernst Sellin, teólogo, pioneiro na utilização da arqueologia no 
estúdio da bíblia, experto em línguas orientais onde expôs em seu livro, Mose und seine 
Bedeutung für die israelitisch-jüdische Religionsgeschichte (Moisés e sua importância 
para a história religiosa israelita-judaica), Leipzig, 1922, a teoria do assassinato a partir 
das escrituras dos profetas e suas alusões ao liberador dos judeus.
Moisés, derivando-se da escola de Akhenaten, não empregou métodos 
diferentes dos que o faraó usara; ele ordenou, forçou sua fé ao povo. A doutrina de 
Moisés pode ter sido inclusive mais dura do que a de seu mestre. (Pág. 25)

PROFETAS JUDEUS ARTIFICES DO DEUS MOSAICO
Surgiu então, dentre o povo, uma sucessão infindável de homens que não eram 
ligados a Moisés em sua origem, mas que foram cativados na obscuridade: foram esses 
homens, os profetas, que incansavelmente pregaram a antiga doutrina mosaica — a de 
que a divindade desdenhava o sacrifício e o cerimonial e pedia apenas fé e uma vida na
Verdade e na Justiça (Ma’at). Os esforços dos profetas alcançaram sucesso duradouro; 
as doutrinas com que haviam restabelecido a velha fé tornaram-se o conteúdo 
permanente da religião judaica. É honra bastante para o povo judeu que tenha 
conseguido preservar tal tradição e produzir homens que lhe deram voz, ainda que a 
iniciativa para isso tenha provindo do exterior, de um grande forasteiro. (Pág. 28)
Podemos citar a Paul Recoeur nas suas conclusões nestas quatro hipóteses:
A primeira hipótese: Moisés egípcio, as presunções derivadas do nome de 
Moisés, como o relato de seu nascimento, a origem egípcia da circuncisão, não são de 
muito crédito nesta hipótese de um Moisés egípcio. Segunda hipótese: monoteísmo de Aten, que haveria sido elaborado conforme o modelo de um príncipe pacífico, o famoso 
faraó Akhenaten, e logo Moisés haveria imposto as tribos semitas. Ainda supondo que a 
religião de Aten e a personalidade fascinante de Akhenaten não sejam subestimadas, é
duvidoso que tenha relação alguma com a religião hebraica. Terceira hipótese: o
"herói" Moisés, no sentido de Otto Rank (cuja influencia es aqui considerável), haveria
sido assassinado pelo povo e o culto ao deus de Moisés haveria se fundido com a de 
Javé, deus dos vulcões, disfarce sob o qual o deus de Moisés haveria dissimulado sua
origem e também o assassinato do herói poderia assim cair no esquecimento. 
Desgraçadamente, a hipóteses de um assassinato de Moisés, sugerido por Sellin em 
1922 com um contexto geográfico e histórico muito diferente, foi ulteriormente 
abandonada por o próprio autor. Também, tal hipótese força a desdobrar a Moisés, o
Moisés do culto a Aten e o do culto a Javé, hipótese que não encontra apoio nenhum 
entre os especialistas. Quarta hipótese: os profetas judeus haveriam sido artífices do
retorno ao deus mosaico; o mesmo acontecimento traumático haveria ressurgido sob os 
rasgos do deus ético, e o retorno ao deus mosaico seria, também, o retorno do
traumatismo reprimido. Teríamos assim o ponto em que coincidem um ressurgimento
no plano das representações e um retorno do reprimido no plano emocional. Se o povo 
judeu ofereceu à cultura ocidental seu modelo de autoacusação, isto se deveria a que seu
sentido da culpabilidade se alimenta com a lembrança de um assassinato que trata ao
mesmo tempo de dissimular.
Aplicação – Trauma primitivo – Defesa – Latência
O restabelecimento do pai primevo em seu direitos históricos constituiu um 
grande passo à frente, mas não podia ser o fim. As outras partes da tragédia pré-
histórica insistiam em ser reconhecidas. Não é fácil discernir o que colocou esse 
processo em movimento. Parece como se um crescente sentimento de culpa se tivesse 
apoderado do povo judeu, ou, talvez, de todo o mundo civilizado da época, como um 
precursor de retorno do material reprimido, até que, por fim, um desses judeus 
encontrou, ao justificar um agitador político- religioso, ocasião para desligar do 
judaísmo uma nova religião — a cristã. Paulo, um judeu romano de Tarso, apoderou-se 
desse sentimento de culpa e o fez remontar corretamente à sua fonte original. Chamou 
essa fonte de ‘pecado original’; fora um crime contra Deus, e só podia ser expiado pela 
morte. (Pág. 48)
Se Moisés foi o primeiro Messias, Cristo tornou-se seu substituto e sucessor, e 
Paulo poderia exclamar para os povos, com certa justificação histórica: Olhai! O 
Messias realmente veio: ele foi assassinado perante vossos olhos!’ Além disso, também, 
existe um fragmento de verdade histórica na ressurreição de Cristo, pois ele foi o 
Moisés ressurreto e, por trás deste, o pai primevo retornado da horda primitiva, 
transfigurado e, como o filho, colocado no lugar do pai. O pobre povo judeu, que, com 
sua obstinação habitual, continuava a repudiar o assassinato do pai, expiou-o 
pesadamente no decurso do tempo. Defrontou-se constantemente com a recriminação: 
‘Vocês mataram nosso Deus!’ E essa censura é verdadeira, se for corretamente 
traduzida. Colocada em relação com a história das religiões, ela diz: ‘Vocês não 
admitem que mataram Deus (a figura primeva de Deus, o pai primevo, e suas 
reencarnações posteriores).’ Deveria haver um acréscimo, declarando-se: ‘Fizemos a 
mesma coisa, é verdade, mas o admitimos, e, desde então, fomos absolvidos.’ (Pág. 50)
Freud compara a conformidade entre o indivíduo e o grupo, “o que é esquecido 
não se extingue, mas é apenas ‘reprimido’, seus traços mnêmicos estão presentes, mas 
isolados por anticatexias”.

A RENÚNCIA AO INSTINTO, ID-EGO-SUPEREGO
Se o id de um ser humano dá origem a uma exigência instintual de natureza 
agressiva ou erótica, o mais simples e natural é que o ego, que tem o aparelho de 
pensamento e o aparelho muscular à sua disposição, satisfaça a exigência através de 
uma ação. Essa satisfação do instinto é sentida pelo ego como prazer, tal como sua não 
satisfação indubitavelmente se tornaria fonte de desprazer. Ora, pode surgir um caso em 
que o ego se abstenha de satisfazer o instinto, por causa de obstáculos externos, a saber, 
se percebesse que a ação em apreço provocaria um sério perigo ao ego. Uma abstenção 
da satisfação desse tipo, a renúncia a um instinto por causa de um obstáculo externo —
ou, como podemos dizer, em obediência ao princípio da realidade —, não é agradável em caso algum. A renúncia ao instinto conduziria a uma tensão duradoura, devida ao 
desprazer, se não fosse possível reduzir a intensidade do próprio instinto mediante 
deslocamentos de energia. A renúncia instintual, contudo, pode também ser imposta por 
outras razões, as quais corretamente descrevemos como internas. No curso do 
desenvolvimento de um indivíduo, uma parte das forças inibidoras do mundo externo é 
internalizada e constrói-se no ego uma instância que confronta o restante do ego num 
sentido observador, crítico e proibidor. Chamamos essa nova instância de superego. 
Doravante o ego, antes de colocar em funcionamento as satisfações instintuais exigidas 
pelo id, tem de levar em conta não simplesmente os perigos do mundo externo, mas 
também as objeções do superego, e terá ainda mais fundamentos para abster-se de 
satisfazer o instinto. Mas onde a renúncia instintual, quando se dá por razões externas, é 
apenas desprazerosa, quando ela se deve a razões internas, em obediência ao superego, 
ela tem um efeito econômico diferente. Em acréscimo às inevitáveis consequências
desprazerosas, ela também traz ao ego um rendimento de prazer — uma satisfação 
substitutiva, por assim dizer. O ego se sente elevado; orgulha-se da renúncia instintual, 
como se ela constituísse uma realização de valor. Acreditamos que podemos entender o 
mecanismo desse rendimento de prazer. O superego é o sucessor e o representante dos 
pais (e educadores) do indivíduo, que lhe supervisionaram as ações no primeiro período 
de sua vida; ele continua as funções deles quase sem mudança. Mantém o ego num 
permanente estado de dependência e exerce pressão constante sobre ele. Tal como na 
infância, o ego fica apreensivo em pôr em risco o amor de seu senhor supremo; sente 
sua aprovação como libertação e satisfação, e suas censuras como tormentos de 
consciência. Quando o ego traz ao superego o sacrifício de uma renúncia instintual, ele 
espera ser recompensado recebendo mais amor deste último. A consciência de merecer 
esse amor é sentida por ele como orgulho. Na época em que a autoridade ainda não fora 
internalizada como superego, poderia ter havido a mesma relação entre a ameaça de 
perda do amor e as reivindicações do instinto; havia um sentimento de segurança e 
satisfação quando se conseguia uma renúncia instintual por amor ao país. Mas esse 
sentimento feliz só poderia assumir o peculiar caráter narcísico de orgulho depois que a 
própria autoridade se tivesse tornado parte do ego. (Pág. 65)
A religião que começou com a proibição de fabricar uma imagem de Deus 
transforma-se cada vez mais, no decurso dos séculos, numa religião de renúncias Retornando à ética, podemos dizer, em conclusão, que uma parte de seus 
preceitos se justifica racionalmente pela necessidade de delimitar os direitos da 
sociedade contra o indivíduo, os direitos do indivíduo contra a sociedade, e os dos 
indivíduos uns contra os outros. Mas o que nos parece tão grandioso a respeito da ética, 
tão misterioso e, de modo místico, tão auto-evidente, deve essas características à sua 
vinculação com a religião, à sua origem na vontade do pai.

O QUE É VERDADEIRO EM RELIGIÃO O RETORNO DO 
REPRIMIDO
Descobrimos que o homem Moisés imprimiu nesse povo esse caráter dando-
lhes uma religião que aumentou tanto sua auto-estima que ele se julgou superior a todos 
os outros povos. (1) permitiu ao povo participar da grandiosidade de uma nova ideia de 
Deus, (2) afirmou que esse povo fora escolhido por esse grande Deus e destinado a 
receber provas de seu favor especial, e (3) impôs ao povo um avanço em 
intelectualidade que, bastante importante em si mesmo, lhe abriu o caminho, em 
acréscimo, à apreciação do trabalho intelectual e a novas renúncias aos instintos. (Pág. 68)
A fim de não perdermos a vinculação com nosso tema, devemos manter em 
mente o fato de que, no início de tal curso de acontecimentos, há sempre uma 
identificação com o pai na primeira infância. Esta é posteriormente repudiada e até 
mesmo supercompensada, mas, ao final, mais uma vez se estabelece. (Pág. 70)
Verdade histórica o desenvolvimento histórico
Tentemos abordar o assunto a partir da direção oposta. Compreendemos como 
um homem primitivo tem necessidade de um deus como criador do universo, como 
chefe de seu clã, como protetor pessoal. Esse deus assume posição por trás dos pais 
mortos [do clã], a respeito de quem a tradição ainda tem algo a dizer. Um homem de 
dias posteriores, de nossos próprios dias, comporta-se da mesma maneira. Também ele 
permanece infantil e tem necessidade de proteção, inclusive quando adulto; pensa que 
não pode passar sem o apoio de seu deus. (Pág. 71)
Saulo de Tarso (que, como cidadão romano, chamava-se Paulo), que a 
compreensão pela primeira vez emergiu: ‘a razão por que somos tão infelizes é que 
matamos Deus, o pai,’ E é inteiramente compreensível que ele só pudesse apreender 
esse fragmento de verdade no disfarce delirante da boa notícia: ‘estamos libertos de toda 
culpa, uma vez que um de nós sacrificou a vida para absolver-nos.’ Nessa fórmula, a 
morte de Deus naturalmente não foi mencionada, mas um crime que tinha de ser 
explicado pelo sacrifício de uma vítima só poderia ter sido um assassinato. E o passo 
intermediário entre o delírio e a verdade histórica foi proporcionado pela garantia de 
que derivou da fonte da verdade histórica, essa nova fé derrubou todos os obstáculos. O sentimento bem- aventurado de ser escolhido foi substituído pelo sentimento liberador 
da redenção. Mas o fato do parricídio, retornando à memória da humanidade, teve de 
superar resistências maiores do que o outro fato, que constituíra o tema geral do 
monoteísmo; ele também foi obrigado a submeter-se a uma deformação mais poderosa. 
O crime inominável foi substituído pela hipótese do que deve ser descrito como um 
indistinto ‘pecado original’. (Pág. 75)
O pecado original e a redenção pelo sacrifício de uma vítima tornaram-se as 
pedras fundamentais de nova religião fundada por Paulo. Deve permanecer incerto se 
houve um cabeça e instigador ao crime entre o bando de irmãos que se rebelou contra o 
pai primevo, ou se tal figura foi criada posteriormente pela imaginação de artistas 
criativos, a fim de se transformarem em heróis, tendo sido então introduzida na tradição. 
Após a doutrina cristã ter queimado a estrutura do judaísmo, recolheu componentes de 
muitas outras fontes, renunciou a uma série de características do monoteísmo puro e 
adaptou-se, em muitos pormenores, aos rituais de outros povos mediterrâneos. Foi como 
se o Egito mais uma vez se vingasse dos herdeiros de Akhenaten. 
Vale a pena notar como a nova religião lidou com a antiga ambivalência na 
relação com o pai. Seu conteúdo principal foi, é verdade, a reconciliação com o Deus 
pai, a expiação pelo crime cometido contra ele, mas o outro lado da relação emocional 
mostrava-se no fato de o filho, que tomara a expiação sobre si, tornar-se um deus, ele 
próprio, ao lado do pai, e, na realidade, em lugar deste. O cristianismo, tendo surgido de 
uma religião paterna, tornou-se uma religião filial. Não escapou ao destino de ter de 
livrar-se do pai. (Pág. 76)
1. Conclusão do ensaio Moises...
A alternância na obra de Freud entre a pesquisa médica e teoria da cultura
testemunha a amplitude do projeto freudiano. Aliás, é na última parte da obra de Freud, 
onde são acumulados os grandes textos sobre a cultura. Moisés e o monoteísmo é 
apenas um fragmento de um importante trabalho de Freud que propôs aplicar o método 
psicanalítico para a Bíblia, é a teoria necessária para sua revisão de um assassinato 
real. A transição do totemismo ao monoteísmo, exigiu a renovação do crime, a fim de 
fortalecer e sublimar a figura do pai, aumentar a culpa, exaltar a reconciliação com o pai 
e mais tarde com o cristianismo, para ampliar a figura de substituição do filho. A morte de Cristo seria um outro endosso das origens da memória, enquanto a pascoa ressuscita 
Moises, a religião de Paulo, finalmente, iria completar este retorno do reprimido, o que 
leva à sua origem pré-histórica e dando o nome de pecado original: que ele tinha 
cometido um crime contra Deus e só a morte poderia repará-lo. Ao mesmo tempo 
coloca aqui sua antiga hipótese de rebelião filial: o culpado principal deveria ser o 
Redentor, chefe da horda fraternal, o mesmo herói rebelde da tragédia grega. "Com ele 
retorna o pai primevo da horda primitiva, certamente transfigurado e havendo tomado
como filho, o lugar de seu pai." Apenas a repetição de uma morte real permitiu obter 
esse efeito de reforço, que Freud atribuiu totem à Deus. Mas a religião, aliás, não é 
pura ilusão, já que inclui "reminiscências históricas importantes." E, Moisés e a 
religião monoteísta, fala neste sentido de um "núcleo de verdade na religião." Por que 
essa insistência sobre a realidade das memórias? Para dar uma analogia com o 
fundamento real da religião e neurose obsessiva. De fato, se a analogia entre a ilusão e o 
sonho é baseado em caráter paternal, a analogia do complexo da criança entre religião e 
neurose deve ter a mesma base. Se é verdade que, "a criança humana não pode realizar 
o seu desenvolvimento cultural sem passar por uma fase mais ou menos definido de 
neurose." O futuro de uma ilusão, é a ideia de orientação de Moisés ao monoteísmo. A 
principal ocasião da correspondência entre o fenômeno da latência característica da 
neurose e "fenômeno latência" que Freud acredita ter descoberto na história do 
judaísmo, incluindo o assassinato de Moisés e do surgimento da religião Moisés, no 
tempo dos profetas. "Além disso, a espécie humana está sujeita a processos de conteúdo 
agressivo-sexual que deixam vestígios permanentes, mas foram descartados e 
esquecidos em sua maioria. Mais tarde, depois de um longo período de latência, esses 
processos são reativados, produzindo fenômenos comparáveis na sua estrutura e a sua 
tendência para sintomas neuróticos " A psicanálise faz analogia, fundada na religião; é, 
sem dúvida, o exemplo mais marcante da interação dentro da obra de Freud, a 
interpretação dos sonhos e neuroses, e hermenêutica da cultura. A interpretação dos 
sonhos, quando a análise descobre no sonho "nossos velhos desejos", "o desejo 
indestrutível". A repetição em todos os retornos, narcisismo sublime ou não, escritos 
que vão desde Totem e Tabu para Moisés e o Monoteísmo continua falando sobre 
repetição: a instância que impulsiona o homem a superar o desejo da criança é a mesma puxando-o de volta. 

A religião é, para Freud, na repetição monótona de suas próprias origens. É um 
eterno chutar no chão de sua própria história arcaica. A eucaristia cristã repete a 
refeição totem, como a morte de Cristo repete o profeta Moisés, que repete a morte do 
pai original. A epigenesis do problema da incredulidade do homem é solucionado 
apenas com a repetição, equivale constituir um sentimento religioso, uma rejeição de 
qualquer consideração sobre o que pode ser uma transformação do desejo e medo ao 
"retorno do reprimido". No primeiro estudo de Moisés e o Monoteísmo, se Moisés era 
egípcio, Deus teve que tomar uma religião ética constituída, assim como no culto de 
Aten, construído, sobre o modelo do faraó Akhenaten. Coloca em pleno vigor o enigma 
de um deus "político", quer dizer, um deus que define o pacto social e, portanto, 
levanta-se sobre o mérito do desejo e do medo para manter uma relação mais estreita 
com a reconciliação entre os irmãos com o assassinato do pai. Neste sentido, pode-se dizer que o desejo, em vez de medo, é o criador da religião.

Filosofia ; O Verdadeiro, O bom e o belo (Sobre a Comunidade )

Filosofia o bom o verdadeiro e o belo, surgiu com o intuito de passar a filosofia de vida de uma maneira simples e fácil sobre o entendiment...